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“Tenho muito orgulho da pessoa que eu escolho me tornar todos os dias”

A jornada de Caio Revela, que cria conteúdo com amor e humor, leva representatividade para quem precisa

por Brastemp + Elástica Atualizado em 24 Maio 2021, 12h40 - Publicado em 23 Maio 2021 22h40
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(Brastemp/Divulgação)

Uma das partes mais gostosas de seguir o influenciador Caio Revela, de 32 anos, no Instagram é não saber qual (bom) conteúdo você vai encontrar quando um post aparece na sua linha do tempo. Pode ser um vídeo engraçado, com dublagens de algum viral. Pode ser um tutorial de maquiagem. Talvez seja um vídeo em que ele responde com humor comentários homofóbicos e/ou gordofóbicos – ou, então, uma foto fofa com o namorado. Mas uma coisa une todas essas e outras possibilidades: você sempre vai encontrar alguém confortável consigo mesmo e passando uma boa mensagem de representatividade.

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(Camila Tuon (CeGê)/Fotografia)

“Se ver em campanhas, se ver na mídia, contribui para você se sentir mais conectado com o que está sendo apresentado – seja um produto ou uma história, uma notícia. Essa conexão também é afeto – tira a gente de um lugar frio e cria laços que mudam a gente. Representatividade tem esse poder de mudar e salvar vidas”, explica Caio. “É o que me motiva a fazer o que eu faço e é bom ver isso sendo reconhecido, ver os comentários positivos. A gente vai quebrando barreiras com isso. Nunca imaginei que ia trabalhar com uma marca do tamanho da Brastemp. Saber que empresas grandes acreditam na minha linguagem, na minha estética, abre caminhos”, completa. 

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“Se ver em campanhas, se ver na mídia, contribui para você se sentir mais conectado com o que está sendo apresentado – seja um produto ou uma história, uma notícia. Essa conexão também é afeto – tira a gente de um lugar frio e cria laços que mudam a gente. Representatividade tem esse poder de mudar e salvar vidas”

Caio Revela, influenciador
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(Camila Tuon (CeGê)/Fotografia)

Caio é um dos influenciadores convidados por Elástica e Brastemp para falar sobre uma coisa que nunca sai de moda: amor. Seja aquele que a gente sente pela nossa mãe, nosso pai, nossos amigos e parceiros. Ou, mais transformador ainda em tempos de intolerância e isolamento, por nós mesmos. “O amor próprio é justamente esse caminho de entender que você não é obrigado a suprir as expectativas alheias. Amor próprio não é só beleza, como algumas pessoas insistem em dizer e tentar esvaziar esse discurso. É também aprender a dizer não para o que não é a sua verdade”, ele diz. “Estamos trazendo para a campanha um incentivo e convite para a expressão de todas as formas de amor, valorizando a discussão sobre inclusão e diversidade. Tudo isso envelopado pelo nosso icônico frigobar retrô, que assim como o amor, nunca sai de moda”, completa Allyne Magnoli, diretora de marketing da Whirlpool.

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(Camila Tuon (CeGê)/Fotografia)

Roupa é de tecido

Em sua trajetória, Caio precisou dizer muitos nãos para si mesmo até que esses mesmos nãos fossem ditos para os outros. Ele lembra que, quando criança, até conseguia disfarçar que era um garoto gay para evitar o bullying, mas nunca esconder que era gordo. O preconceito, as brincadeiras dos amigos e a pressão social em cima de seu corpo desde sempre fizeram com que, por muito tempo, ele não se sentisse digno de afeto. “Se eu te perguntar agora qual celebridade gorda você acha que se veste super bem e você se inspira, qual a resposta? Ninguém. Ninguém se inspira em pessoas gordas porque ninguém quer ser gordo na nossa sociedade. É um demérito”, critica. Foi uma caminhada de anos para que, em 2018, quando se mudou para São Paulo, Caio abraçasse todos os seus lados e começasse a produzir conteúdo na internet. De lá para cá, suas fotos de maiô, montações de drag e participação ativa na militância contra homofobia e gordofobia lhe renderam mais de 110 mil seguidores. “Gosto muito de pensar que estamos criando uma nova estética de pessoas gordas, que estão em campanhas, comerciais, nas redes, em todos os lugares.”

Se, de um lado, milhares de pessoas gostam de ver Caio como ele é, falando suas verdades no Instagram, também existem aqueles que seguem para questioná-lo ou, infelizmente, para criticar suas posturas. “Recebo muito a pergunta do ‘tem necessidade?’. Cabelo colorido, pintar a unha, usar maiô são coisas que eu achava que precisaria emagrecer primeiro para fazer. Muita coisa que eu queria fazer, não fazia. Hoje, faço tudo que eu tenho vontade de fazer sem essa ideia de que tenho que mudar meu corpo primeiro. É difícil bancar quem a gente é, lidar com o olhar das pessoas, os comentários e julgamentos na internet, a gordofobia, mas tenho muito orgulho da pessoa que eu escolho me tornar todos os dias”, ele constata.

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(Camila Tuon (CeGê)/Fotografia)

E entre os prazeres de ser autêntico desse jeito é, a cada nova vontade, poder mudar. Desde junho do ano passado, Caio começou a experimentar maquiagem para produzir seus conteúdos e também se montar de drag. Em menos de um ano, é possível acompanhar sua evolução e o quão mais livre ele tem se sentido nos vídeos e nas fotos. Para quem acha que, a cada camada de maquiagem, ele se esconde, Caio tem a resposta na ponta da língua. “É o contrário. Quanto mais eu faço, mais eu me conheço. Encosto no meu rosto, reparo em áreas que nunca reparei. Não imaginei que ia ser um processo tão grande de autoconhecimento.”

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O jeito extravagante e o gosto por arte, que acompanham o influenciador desde a adolescência, ficaram guardados por um tempo até que ele entendesse como manifestá-los. Ele lembra de dizer em entrevistas que não faria drag porque sabia que, depois da primeira vez, pegaria gosto pela coisa. E, lembrando da infância, ainda tenha aquela preocupação de esconder parte da sexualidade. “Hoje, acredito que não existe muito essa coisa de roupa de homem e roupa de mulher. Para mim, roupa é de tecido. Uso absolutamente qualquer coisa: maiô, vestido… Nunca achei que fosse me sentir confortável usando tudo isso. Sei que ser influenciador me permite essa liberdade, é diferente para quem tem um trabalho formal. Mas me libertar principalmente da expectativa dos outros foi revolucionário”, reforça.

“Acredito que não existe muito essa coisa de roupa de homem e roupa de mulher. Para mim, roupa é de tecido. Uso absolutamente qualquer coisa: maiô, vestido… Nunca achei que fosse me sentir confortável usando tudo isso. Me libertar das expectativas dos outros foi revolucionário”

Caio Revela, influenciador
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(Camila Tuon (CeGê)/Fotografia)

É essa liberdade que, para Caio, nunca vai sair de moda. Ele encerra nosso papo com um conselho para quem também está nessa jornada de aceitação e autoamor ou, então, conhece alguém querido que esteja passando por isso. “Ouvir verdadeiramente as pessoas, saber que você não é responsável pelas expectativas que criam a seu respeito, isso é atemporal e nunca vai sair de moda. O amor próprio te ajuda a entender novas perspectivas. Esse lugar de autoamor não é o final do caminho, mas o começo. O fim desse caminho não existe e, quando a gente começa a trilhar, não tem volta”. Ainda bem.

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Caio veste peças Não Me Cabe feitas sob medida.

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Ficha técnica

DIREÇÃO CRIATIVA
Kareen Sayuri

FOTOGRAFIA E STYLING
CeGê

PRODUÇÃO DE MODA
Lucans

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CeGê é Camila Tuon e Gabiru, conheça mais o trabalho delas aqui.

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