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o início de dezembro passado, Elizabeth* recebeu um e-mail da Comissão de Bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informando que sua bolsa de mestrado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) seria prorrogada até 31 de junho de 2021. O espanto foi tamanho que ela nem percebeu que a data estava errada, pois o sexto mês do ano é encerrado no dia 30.
Isso porque Elizabeth, que recebe um benefício mensal de R$ 1.500, esperava que o prolongamento fosse de, no mínimo, 12 meses, como consta no programa. Em plena pandemia de coronavírus, ela teve que tomar uma difícil decisão: correr contra o tempo para entregar a tese enquanto sua bolsa do Programa de Excelência tiver validade.
Os estudos foram ressignificados com a chegada da Covid-19 no Brasil. Desde que a quarentena foi instaurada no país, muitos estudantes tiveram o privilégio de estudar de casa. Ao mesmo tempo, descobriram que as aulas à distância vinham acompanhadas de uma série de empecilhos, como trabalho, tarefas domésticas e cuidados com a família, por exemplo.Para Elizabeth não foi nada diferente. A mestranda buscava entender a justificativa de “rotatividade das bolsas” para o seu problema ao passo que acumulava uma série de reuniões, aulas e projetos na tela do computador. A pandemia acentuou nela o esgotamento físico e mental acadêmico que já sentiu em outras ocasiões.