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Edgar e seu tempo de crisálida

Artes plásticas, novo livro, inúmeras lives e um novo álbum pautaram a quarentena do multiartista – e ele conta tudo aqui

por Debora Pill Atualizado em 26 jan 2021, 12h33 - Publicado em 21 jan 2021 00h24
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(Clube Lambada/Ilustração)

oeta, artista plástico, compositor, performer, cantor, mago, profeta. Edgar é criador compulsivo e sua obra transborda autenticidade e liberdade. Ele compõe músicas, rimas, produz filmes, cria e costura roupas, faz performances, inventa jogos de cartas, escreve livros, cria esculturas.

Das primeiras experimentações artísticas com tintas em azulejos por incentivo de sua mãe na casa em que nasceu em Guarulhos, município da região metropolitana de São Paulo, passando por looks chamados de “doidinhos” que ele construía com roupas de brechó, até a co-autoria do hino “Exu Nas Escolas” junto do também guarulhense Kiko Dinucci no disco Deus É Mulher, de Elza Soares, a abertura do show de Erykah Badu em 2019 e apresentações em festivais nacionais e internacionais, muita água correu nos 27 anos desse rio perene chamado Edgar.

Em uma tarde nublada em São Paulo, consigo uma brecha nas suas curtas férias para um bate-papo. É verão, mas a sensação térmica, dentro e fora, é de outono. Logo brilha um raio de sol assim que dois olhos grandes e curiosos no melhor estilo mangá ocupam a tela do meu computador. Conheço Edgar há algum tempo já, através de costuras afetivas por Guarulhos, em giras de terreiro ou festas de música na rua. Esse papo surgiu da vontade de saber como esse ser tão talentoso e inquieto encarou o caminhar nesse ano que pareceu tantos em um só. Longe de mim querer culpar o ano: parafraseando uma amiga, “que a gente se livre de achar que a culpa é do ano e se enxergue”. Esse é o ponto de partida dessa troca com Edgar.

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(Thasya Barbosa/Divulgação)

Edgar em 2020?
Esse ano foi bem importante para fortalecer estruturas. Momento de crisálida. De lagarta entrar em casulo e virar borboleta. Tempo de pouso e repouso para voltar a alçar voo. Muita gente com depressão? Ok. Mas vejo também que muita gente descobriu a solução para depressão nesses tempos. Muita gente se curou rapidamente com a própria companhia ou com outras atividades que descobriram fazendo, sabe? Tem sido muito mágico.

Eu estava com uma turnê internacional bem legal para 2020, com uns quatro festivais na França, além de Holanda e ilha de Madagascar. Tinha um planejamento internacional muito bom, além de festivais aqui no Brasil também. Estava num ritmo bem de propulsão, turbina. Mas daí veio a pandemia e musicalmente deu essa parada. Então foi momento de mergulhar na ideia das estruturas.

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Como assim?
Para fazer uma casa, ou uma parede, são quatro alicerces no mínimo, certo? O alicerce música está legal. Eu subi uma montanha incrível – com ajuda de diversas pessoas, não dá pra subir sozinho. Decidi visitar então os outros montes do meu fazer artístico. Daí comecei a produzir curtas-metragens engraçados, com acidez. Lancei uns quatro curtas no Instagram dando uma aloprada; dois mais sérios no YouTube e um foi lançado pelo Instituto Moreira Salles. Esse convite pra mim já foi meio uma carimbada, um selo: “lembre-se dos outros vieses artísticos que têm potencial”.

Voltei a costurar, produzir tela, arte objeto, escultura. Pensei: já que não tenho mais apresentação com meus figurinos, como fazer com que eles entrem em outro campo da arte sem ser no palco? Sem necessariamente precisar de um show? Aprendi com as memórias de uma máquina de karaokê que o segredo é não parar. Mesmo em isolamento, dure o que durar, o segredo é não parar. Vamos fazer uma revolução de dentro de casa, através do celular. O ser humano não está mais no topo da cadeia alimentar. Ele nunca foi o último degrau da escada da evolução.


“Aprendi com as memórias de uma máquina de karaokê que o segredo é não parar. Mesmo em isolamento, dure o que durar, o segredo é não parar. Vamos fazer uma revolução de dentro de casa, através do celular. O ser humano não está mais no topo da cadeia alimentar. Ele nunca foi o último degrau da escada da evolução”

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E o que você fez?
Comecei a costurar meus figurinos em telas. Daí me inscrevi em um monte de edital de artes visuais. Felizmente ou infelizmente, não fui contemplado em nenhum, mas me deu aquela percepção que falei “Pô, meu acervo tá cheio, não tenho espaço! Tive que mudar de casa, o aluguel aumentou, não tô tendo a renda dos shows agora. Preciso me virar novamente”. Foi então que decidi colocar tudo à venda. Abri o acervo e disse “Quem quiser, agora é a hora!”. Comecei a vender umas coisas bem baratinhas. Porque a gente é ruim de dar preço, né? Artista é foda pra dar preço pra própria obra. Fica com dó de pedir 2 mil e a pessoa dando 2 mil para bagulho feito de garrafa pet. Daí pensei “Vou fazer um leilão. Acho que é o melhor jeito de conseguir um preço justo sem ter medo de arriscar”.

Muitas obras são feitas com objetos que vem da rua e eu devolvo pra rua. Tem o lance da ritualística, essa concepção de que são oferendas. Elas vem, se transformam em arte, são vendidas, utilizadas, legal. Então tem algumas que tem que ser entregues de volta. É como um ciclo, tem essa troca. Mas, porra, todas? Toda hora? Vou trabalhar então no ferro velho e aí pelo menos salário eu tenho! [risos] Fiz o leilão. Obras que eu achei que nem ia conseguir vender, acabei vendendo por um valor maior do que imaginava. Vários outros artistas encomendaram. Uma galeria de Balneário Camboriú comprou uma peça e eu falei “Correio em greve, não tem como mandar”. Mas como eu já tinha sido obrigado a quebrar a quarentena pra fazer live, então decidi ir. Fiquei de quarentena de fevereiro a junho. Trancado, com altas crises de ansiedade, achando que o exército ia acabar invadindo as ruas e a gente não ia mais poder sair da quarentena, entrei em parafuso. Daí começou a cobrança de live, e eu fiz. Em contrapartida, pedi umas férias. Estou nesse momento de férias, sem ninguém me encher o saco, nada relacionado à imprensa.

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(Instagram/Reprodução)

Ops. Furei essa bolha, então (risos). E a parte musical? Como ficou?
Como os shows caíram, a gente começou a produzir o disco novo. Mas uma produção remota. Não vejo o Pupillo [baterista e produtor] há um ano. A última vez foi antes de ir pra França, tem quase um ano. E a produção do disco está massa, a gente já está na parte visual, está fechando a capa. A parte musical já foi, só estamos esperando confirmação de featuring. Já posso adiantar participações de Kunumi e Karol Conká. A gente lança música nova em janeiro, já dando spoiler. Mas vai ter mais gente ainda, inclusive de fora do Brasil, como a Sandra P, uma esquimó. Vão ser umas 13 faixas no total.

“Fiquei de quarentena de fevereiro a junho. Trancado, com altas crises de ansiedade, achando que o exército ia acabar invadindo as ruas e a gente não ia mais poder sair da quarentena, entrei em parafuso. Daí começou a cobrança de live, e eu fiz. Em contrapartida, pedi umas férias. Estou nesse momento sem ninguém me encher o saco”

Conta mais do disco novo…
Vai se chamar Ultraleve e é um disco bem massa, estou gostando muito dele. Acho que estou gostando mais dele do que do Ultrassom. Está divertido, tem uma acidez bem legal, não está tão futurista, está bem do agora. Está mais dançante, isso é bem legal, tem ritmos mais africanos. O Ultrassom parece um velho europeu perto do Ultraleve [risos]. Ele tem bem mais gingado, molejo, mas também está forte, tem músicas bem densas. Fala de fake news, de todo tipo de violência também: da domestica até linchamento. Também fala bastante de ecologia.

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Além do Edgar artista multimídia, audiovisual, como estão as outras áreas do seu fazer artístico?
Voltei a fazer performance. Mas essas áreas não se anulam. Estão todas em movimento. Umas mais, outras menos. Com velocidades diferentes, mas podem ser conciliadas. Por exemplo: eu faço a máscara, é pra ser artes plásticas, moldura, decoração. Uso no clipe, no disco novo, faço três festivais com ela, isso começa a agregar valor para a peça, que depois vira peça expositiva. Me fragmentei. Consegui me fractar e estar em vários lugares ao mesmo tempo. Acho que esse é o poder da arte.

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(Instagram/Reprodução)

E tem livro no forno, né?
Eu vim pra Floripa entregar uma obra pra uma pessoa, ela trabalha numa editora de livro experimental e me perguntou se eu tinha algo publicado. Eu disse que não, mas que tinha dois livros escritos de ficção. Mandei pra ela ler, ela pirou. Mas disse que antes disso queria lançar uma outra coisa mais experimental e fez uma provocativa em um domingo. Na terça seguinte, eu já estava com o livro pronto, tá ligado? Entreguei um livro de 20 páginas, cada página é uma performance que eu já fiz ou que queria ter feito. É um livro de instruções. Algumas performances a pessoa pode fazer, outras são mais piadas mesmo. Vai se chamar Fantástico Guia de Poesia Científica para a Alinhar os Chakras da Terra – Instruções e Manual de Performance e Trabalhos de Cura.


“Voltei a fazer performance. Mas essas áreas não se anulam. Estão todas em movimento. Umas mais, outras menos. Com velocidades diferentes, mas podem ser conciliadas. Me fragmentei. Consegui me fractar e estar em vários lugares ao mesmo tempo. Acho que esse é o poder da arte”

Tem performance, obra de arte – mas é uma piada, sabe? E quando você lê, percebe que é. Tem uma performance que é o “Piano de calda”. Quero pegar um piano e fazer aquelas fontes da Cacau Show que fica caindo chocolate, sabe? E o nome da obra é piano de calda – de chocolate, é uma piada, pode ficar bonito, mas pode ficar uma merda. Tem outra que também é uma piada, que eu já fiz coletivamente com amigos e dá pra você fazer em casa. Quando você lê, parece uma piada do Ari Toledo. O nome é “Anos Luz”. Fique de quatro, coloque o cu pro alto, e procure deixar um feixe de luz ou raio de sol entrar no seu ânus e iluminar todo seu eu interior. É isso! É uma prática, dá pra fazer monólogo ou coletivo, tem alguém que pode ler e dar risada.

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Você tem uma alma essencialmente nômade. Como foi sair parcialmente da jaula nessa quarentena?
É um outro lugar. Agora eu viajo de avião. Antes viajava de carona. E é outra disciplina. Estou tendo o máximo de cuidado, não sou só eu na parada. O mais desagradável não é pegar e, sim, passar, ter a culpa de “Meu, estraguei a vida de uma pessoa”. Estou mais no cuidado de não ser uma pessoa que saia infectando várias. Estou evitando abraços, falo Namastê, você daí, eu daqui, abraço no olho, já faz toda diferença. Sapato fora de casa, ando com chinelo na mochila. Visitei casas que as pessoas não estavam nessa disciplina e eu falei vou borrifar vocês tudo (risos). Mesmo beck: eu bolo o meu, bolo o da pessoa, o do amigo, e tal.

Está sendo bem diferente, antes eu era porra louca, dormia na rua, invadia casa que estava pra alugar e dormia, comia qualquer coisa. Se eu não tivesse assinado contrato com a Deck, não tivesse lançado Ultrassom com o sucesso de lançamento que teve, eu estaria, dependendo, em situação de rua ainda, podia estar bem mais hard. Acho que já me adaptei, consigo viver com a máscara. Eu já vivia, já usava. Eu já estava todo embalado, já um lifestyle, eu sempre pirei num k-pop [risos].

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(Thasya Barbosa/Divulgação)

Você tem uma relação muito peculiar com o humor. O que muda do Ultrassom pro Ultraleve nesse sentido?
No Ultrassom, eu estava muito sério, bravo. Eu estava perdendo o Erê, a criança interior. Quando você está com um problema e consegue brincar, nossa, longevidade à vista! Mas se você está sério, rígido, sem flexibilidade para lidar com o problema, complicou. Trinca. Quebra. Destroça, esfarela, esvai. Não rola legal. Eu estava muito tenso. Nervosão. Porque os temas são nervosos. Os processos criativos foram difíceis.

O Ultrassom começou a ser produzido em 2016, eu ainda bebia, era alcoólatra, morava de favor em SP. No Ultraleve eu estou totalmente outra pessoa, já nesse lugar de reanimar meu humor, de perceber ele, de olhar pro meu passado e ver que eu já fiz varias coisas que eram muito engraçadas.


“Quando você está com um problema e consegue brincar, nossa, longevidade à vista! Mas se você está sério, rígido, sem flexibilidade para lidar com o problema, complicou. Trinca. Quebra. Destroça, esfarela, esvai”

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Já fiz clown. Acho que antes de entender o que era uma performance de rua, eu precisei estar com nariz de palhaço pra fazer o que eu estava fazendo. Claro que tem que tomar cuidado pra não virar Danilo Gentili e estragar, não agregar nada. Mas eu amo o humor. Acho que é uma ferramenta importantíssima, tipo o filme Corra! [de Jordan Peele]. Tem um humor fantástico, mas com tema sobre racismo. Ou o Atlanta do Donald Glover, com humor inteligente, sabe? Gosto de humor inteligente. Gosto da Fernanda Torres, amo aquela mulher. Personagem de vida. Já tem humor engendrado na pessoa. Gosto de ter essas sacadas.

Falando em sacadas, você segue alguma disciplina para não ser engolido pelas redes?
É complicado. Tem como. Eu trabalho com a rede também. Eu gosto do insumo da rede, faço feats com apropriação de vídeos, tenho mais medo do que ideias de precauções. São mais medos que me fazem tomar essas precauções.

A gente vive a era das fake news, e acho que vamos viver a era do deep fake, em tempo real. Imagina a gente aqui nessa conversa sendo transmitida para 500 pessoas e alguém altera tudo: minha fala, minha postura, tudo em tempo real? A gente vai viver esse momento, e esse é o que mais me assusta. Agora é mais do ser humano, é mais do que está dentro dele, é o print que não some, porque você falou demais. O que sai não volta mais. Algo ainda está no controle.

Quem medita, tem doutrinas holísticas, terapêuticas ou não, consegue não ser fuzilado nas redes. Mas está aberto a possibilidades mil de se queimar em um comentário infeliz. E eu sou vulnerável a isso. Também sou. Preciso estar onde o povo está. Não preciso estar numa hiperexposição, não. Sigo nesse momento mais do segredo. Estou com uma ideia pra dar aula com uma galera como reduzir gastos de água e esgoto mas não consegui reduzir os riscos na rede ainda. [risos]

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(Thasya Barbosa/Divulgação)

Falando em redução de riscos, quantas vidas em 27 anos, hein?
Meu irmão fez S.O.S. Computadores, o Everaldo é a promessa da família. Ele é. Eu fico perguntando pra essa galera de outra geração, como a Calu, minha amiga de 50 anos, a gente troca várias ideias, ela viu o bagulho ser inventado, vários modelos de internet, celular. Quando falo com ela, fico meio pessimista, me dá crise, falo “Vixe, vai sair outro Ultrassom!” [risos] Começo a ficar muito paranoico, muitas ideias anti-sistêmicas, Vigiar e Punir com física quântica, da lei do observador influenciando o comportamento do átomo.

Nesse estudo, tentam fazer uma partícula de átomo passar por duas barreiras pra acertar o alvo atrás. Uns somem, uns acertam, outros se duplicam. Vão e colocam uma câmera pra registrar. O que o átomo faz? Se comporta! Segue linha reta e… puf. É um bagulho óbvio. Vai bater ali. O átomo fala não, não. Quer me rastrear? Põe um chip na minha piii… Quando coloca o olho biônico, o bagulho se comporta. Nossa cidade tem câmera em todo lugar, debaixo do chão, no Uber. Como a magia vai acontecer?


“Meu processador cerebral é uma parada muito louca. As pessoas perguntam como você ligou isso com aquilo? Eu não sei. É igual Lego, tem algo na minha cabeça que junta as coisas, as ideias. Nunca li Foucault, mas gosto de ver vídeo de física, e falo “Isso é total Vigiar e Punir”. A sociedade não é burra. Essa galera está ligada demais em moldar e modificar nosso comportamento”

Meu processador cerebral é uma parada muito louca. As pessoas perguntam como você ligou isso com aquilo? Eu não sei. É igual Lego, tem algo na minha cabeça que junta as coisas, as ideias. Nunca li Foucault, mas gosto de ver vídeo de física, e falo “Isso é total Vigiar e Punir”. A sociedade não é burra. Essa galera está ligada demais em moldar e modificar nosso comportamento.

Tem uma coisa aí fazendo eu pensar o que você quer que eu pense. Usar o banheiro sem estranhar a porra de um vaso sanitário. Comer o agrotóxico, o enlatado. Tem sistemas, válvulas, engrenagens, que fazem essa programação funcionar. Aqui a gente está totalmente sendo monitorado e impedido de ser só átomo. Por isso a importância de orações, cura. De fechar o olho. Fechar o olho é primordial. É real. As coisas acontecem. Não é a toa que a gente sonha.

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